Glibenclamida é um medicamento indicado para o tratamento de pacientes diagnosticados com diabetes mellitus do tipo 2, nos casos em que o controle da doença não pode ser feito apenas com alimentação, atividade física e perda de peso. Considerada como um coadjuvante da insulina, principalmente nos casos que a metformina não pode ser indicada.
O remédio se enquadra como um sufoniloureias, ou seja, compostos antidiabéticos que atuam no pâncreas estimulando a produção de insulina. O uso desse medicamento é recomendado para pessoas que apresentem algum tipo de obesidade, na qual os níveis de glicose não são regulados somente por mudanças nos hábitos alimentares e práticas esportivas.
Bula da Glibenclamida
Para que serve
Como já mencionado o mecanismo de ação da Glibenclamida age auxiliando o organismo no controle do diabetes tipo 2, portanto, o composto atua como um remédio antidiabético oral para o tratamento dessa doença.
A bula da Glibenclamida não menciona se o medicamento engorda ou emagrece. Porém como é um remédio que estimula a elevação dos níveis de insulina no sangue, também poderá atuar de forma a aumentar o apetite. Dessa maneira o remédio poderá fazer com que o paciente ganhe peso, afinal, fome leva a ingestão de mais alimentos o que resultará em quilos extras.
Outra teoria que pode justificar o ganho de peso é que o medicamento gera hipoglicemia, que significa diminuição dos níveis de açúcar no organismo, de forma que uma pessoa em estado de hipoglicemia se sente fatigado e com fome. Uma pessoa em fadiga não se sentirá compelida a praticar exercícios e uma pessoa com fome comerá mais. Comendo mais e fazendo menos exercício, levará ao ganho de peso.
Emagrece ou engorda?
Em geral, os pacientes não devem temer se a Glibenclamida emagrece ou engorda. Isto porque o medicamento deverá ser receitado em conjunto com uma dieta saudável para diabetes e a prática regular de exercícios, de tal maneira que um possível ganho de peso seja evitado e controlado.
Contraindicações
- A indicação da Glibenclamida deve ser recomenda com cautela para pessoas debilitadas, desnutridas, idosas, que apresentem problemas hepáticos, insuficiência renal ou adrenal, já que a substância causa hipoglicemia que pode ser particularmente severo em pessoas que apresentem essas condições.
- Pessoas que apresentem insuficiência renal grave diagnosticada, pessoas com diabetes do tipo 1 ou jovens diabéticos não devem usar o medicamento. Além de é claro pessoas com alergia ao composto também não podem utilizá-lo.
- O uso da Glibenclamida também é vetado para gestantes ou lactantes, aquelas que não estão grávidas, mas apresentam planos de engravidar devem consultar o médico para buscar um tratamento alternativo.
- A utilização prolongada do medicamento pode gerar resistência do organismo, o que irá reduzir a sua eficácia, portanto, é possível que diferentes tratamentos sejam utilizados para o tratamento da diabetes do tipo 2.
- É particularmente importante que o paciente não se ingira substâncias alcoólicas durante o tratamento utilizando a Glibenclamida. Uma vez que o álcool irá atrapalhar o mecanismo de ação do remédio, fazendo com que o seu tratamento seja ineficiente.
Efeitos Colaterais
A lista de efeitos colaterais da Glibenclamida é bastante variada de acordo com a bula, mas é importante levar em conta que nem todos os efeitos necessariamente irão aparecer pois as reações adversas variam de acordo com o organismo de cada paciente.
Portanto os efeitos colaterais comuns relacionados a Glibenclamida são:
- distúrbios gastrointestinais;
- náuseas;
- aumento do risco de doenças cardiovasculares;
- prisão de ventre;
- diarreia;
- coceira;
- erupções;
- diminuição das plaquetas, leucócitos e hemácias;
- redução dos níveis de sódio;
- inflamação dos vasos sanguíneos;
- anemia hemolítica;
- alteração hepática (hepatite, icterícia, colestase, aumento das enzimas e falência);
- problemas endócrinos;
- cálculo renal.
Além disso a Glibenclamida fará com que o paciente fique hiperglicêmico e com isso outros efeitos colaterais podem aparecer, tais como:
- dor de cabeça;
- tremor;
- distúrbios;
- irritabilidade;
- formigamento dos lábios;
- taquicardia;
- sudorese;
- náuseas;
- fome;
- alterações de personalidade;
- crises de ansiedade;
- fome;
- convulsão;
- coma.
É preciso ter muito cuidado com a hipoglicemia, ela exige cuidados e principalmente orientação médica para combate-lá.
Geralmente os efeitos da hipoglicemia, com exceção de convulsão e coma, podem ser resolvidos alimentando-se de uma pequena quantidade de substâncias adocicadas, como o caso do mel, porém se o quadro clínico continuar, procure imediatamente um médico.
Considerações finais
Com tudo o que foi listado a utilização da Glibenclamida deve ser feita através da recomendação médica e com o devido acompanhamento. O paciente precisa seguir à risca o tratamento, respeitando a dosagem máxima diária descrita na bula.
Se por um acaso o paciente perceber que os efeitos colaterais da Glibenclamida estão se manifestando de forma grave, é preciso conversar com o seu médico e buscar uma outra forma de tratamento.